As sinusites são o processo inflamatório/infeccioso dos seios paranasais. Hoje o termo mais utilizado é rinossinusite, já que esse processo se inicia no nariz e se estende aos seios da face.
As rinossinusites virais fazem parte das síndromes gripais e já foram abordadas anteriormente.
Os seios da face são estruturas ósseas repletas de ar que se comunicam entre si através de pequenos buraquinhos chamados óstios e que se formam e se desenvolvem ao logo da vida. Alguns estão presentes desde o nascimento e outros vão se formando ao longo do crescimento da criança. Então, ao contrário do que se costumava dizer há alguns anos, a sinusite bacteriana pode acometer crianças de qualquer idade apesar de ser menos frequentes nos menores de 2 anos.
Quando há alguma alteração da drenagem dos seios da face, eles passam a ficar cheio de secreção e quando essas secreções são contaminadas por bactérias temos a sinusite bacteriana.
O diagnóstico da sinusite bacteriana é clínico, não sendo necessário e nem recomendado o uso de exames complementares. O Raio X dos seios da face, não consegue distinguir entre sinusite viral ou bacteriana, assim como a tosse mais produtiva ou a mudança na cor do catarro.
Os critérios para o diagnóstico são:
• Início grave, ou seja, febre concomitante (temperatura ≥39 ° C) e secreção nasal purulenta durante pelo menos 3 dias consecutivos (acontece mais em adolescentes e adultos).
Ou
• Doença persistente, ou seja, descarga nasal (independente da coloração e consistência) e/ou tosse com duração superior a 10 dias sem melhora.
Ou
• Piora da evolução, ou seja, piora ou novo início da secreção nasal, tosse ou febre após uma melhora inicial do quadro.