Meningite é o um processo inflamatório/infeccioso das camadas que recobrem o cérebro e a medula espinhal (chamadas meninges).
Pode ser causada por diversos germes (bactérias, vírus, fungos, protozoários…) sendo as mais comuns as virais (mais frequentes) e bacterianas.
O quadro clínico das meningites pode ser bastante variável. Podendo se apresentar com febre, dor de cabeça, vômitos, rigidez de nuca, estufamento das moleiras, irritabilidade, convulsão, prostração…
O diagnóstico definitivo é feito através da coleta e análise do “líquido da espinha” (liquor), que é um exame em que se introduz uma agulha nas costas da criança para se retirar esse líquido. Apresar de ser um exame desconfortável e que gera ansiedade, trata-se de um procedimento seguro, mas que eventualmente precisa ser realizado com a criança sedada. Esse líquido é analisado com resultado em 2 a 3 horas (em que se frequentemente consegue se distinguir entre um quadro viral ou bacteriano) e enviado para cultura que terá resultado e 2 a 7 dias (e confirma se o agente causador é bactéria ou não). Em alguns locais está disponível também a pesquisa de alguns vírus nesse líquido para ajudar ainda mais a definir a causa.
As meningites virais geralmente têm curso benigno e seu tratamento é feito apenas com medicamentos para o controle dos sintomas, não sendo obrigatória uma internação hospitalar. Nesses casos não há necessidade de isolamento e medicação preventiva para as pessoas com quem a criança tem contato próximo.
Já as meningites bacterianas são quadro graves e que podem evoluir com complicações importantes e precisam de internação para acompanhamento e para serem tratadas com antibiótico na veia. Nesses casos a criança deve permanecer em isolamento até receber 24 hs de antibiótico e a depender do agente causador, será necessária medicação preventiva para pessoas com quem a criança tem contato próximo.
