Alergia às proteínas do leite de vaca (APLV)

É a alergia alimentar mais comum na infância e mais frequentemente é do tipo não IgE mediada, porém pode se apresentar de todas as formas.

Gera bastante ansiedade e, atualmente tem seu diagnóstico por vezes superestimados, levando a dietas de restrição desnecessárias com impacto social e nutricional para a criança.

A boa notícia é que boa parte das crianças terá evolução para a “cura” (tolerância imunológica) espontânea nos primeiros anos de vida, mas infelizmente os casos de alergia persistente têm aumentado nos últimos anos.

Uma vez confirmado o diagnóstico, além da dieta de exclusão, a depender da idade, pode ser necessário o uso de *fórmulas lácteas especiais (leites de outro mamíferos – cabra, búfala, ovelha – não servem como substitutos), suplementação de vitaminas e cálcio e, em alguns casos, a imunoterapia oral (que está detalhada em outro capítulo) pode ser indicada.

*Fórmulas especiais disponíveis

• Fórmula com proteína extensamente hidrolisada com lactose
• Fórmula com proteína extensamente hidrolisada sem lactose
• Fórmula de aminoácidos livres
• Fórmula à base de soja ou arroz (não é o “leite”ou bebida de soja ou arroz)

A decisão da melhor fórmula para cada criança, é individual e leva em conta diversas variáveis.

Existe alergia à lactose?
NÃO!!!
Quando um paciente é alérgico ao leite de vaca, o que causa a alergia são as proteínas do leite.

A lactose é o açúcar do leite e não é capaz de causar alergia.

O que existe é a Intolerância à lactose que se trata de uma alteração metabólica em que a pessoa não tem (ou tem em pequena quantidade) a enzima que digere a lactose, chamada lactase. Apesar de relativamente frequente em adultos, ele é bastante incomum em crianças (apesar de notarmos um grande número de crianças com esse diagnóstico, geralmente equivocado).

Na intolerância à lactose o paciente apresenta apenas sintomas gastrintestinais como dor na barriga, diarreia, barriga estufada, flatulência (soltar mais “pum”) o que pode confundir com a APLV não IgE mediada, entretanto, a melhora acontece retirando-se a lactose, apesar de manter as proteínas (produtos lácteos isentos de lactose).

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